Fim de ano corrido, não pude atualizar as postagens aqui.
Entretanto, aproveito o espírito natalino e o desejo que todos sentimos ao iniciar um novo ano para lembrar a história de dois notáveis seres humanos que contribuíram em suas áreas verdadeiramente para humanidade.
Jonas Edward Salk (1914-1995) médico, cientista e professor norte-americano nascido em New York City, USA. Foi o criador da primeira vacina contra poliomielite (a epônima vacina Salk).
OBS: A Poliomielite é uma doença, conhecida desde a pré-história, causada por um vírus que causa paralisia por vezes mortal (a transmissão do poliovírus normalmente se dá em situações onde as condições sanitárias e de higiene são inadequadas).
Salk começou suas pesquisas sobre a poliomielite em 1947 na University of Pittsburgh. Depois de experiências nas quais demonstrou que a inoculação do vírus morto favorecia a formação de anticorpos para combater a enfermidade, trabalhou na fabricação de uma vacina, que foi aplicada em seres humanos numa fase experimental em 1952 e oficialmente permitida em todo o território dos Estados Unidos em 1955.
A vacina de Salk era eficaz na prevenção da maioria das complicações da pólio, mas não prevenia a infecção inicial de acontecer. A inovação para a prevenção ocorreu 05 anos depois com o médico e pesquisador polonês que emigrou para os USA, Albert Bruce Sabin (1906-1993), quando o Serviço Público de Saúde dos Estados Unidos apoiou sua vacina com vírus "vivo" para a pólio em 1961. Seu produto, preparado com o vírus atenuado da pólio, poderia ser tomada oralmente, e prevenia a contração da moléstia.
Esta é a vacina, conhecida por nós como “gotinha”, que eliminou efetivamente a pólio em quase todo o mundo (exceto em alguns países na África e Ásia).
Ambos renunciaram aos direitos de patente da vacina que criaram, facilitando a difusão da mesma e permitindo que crianças de todo o mundo fossem imunizadas.
O importante para considerar neste início de novo ano é a grandiosidade dos gestos que nós seres humanos podemos fazer. O Dr. Salk não buscava fama ou fortuna através de suas descobertas, e segundo os historiadores ao ser perguntado sobre "A quem pertence a minha vacina?” ele teria respondido:
“Ao povo! Você pode patentear o sol?"
É claro, não se pode culpar a tendência capitalista pela falta de melhorias no âmbito mundial. Mas é notório que os avanços tanto científicos como tecnológicos surgem, porém a necessidade de reconhecimento financeiro a niveis astronômicos fazem de muitos “bens humanitários” propriedade de comércio! Infelizmente, o resultado não beneficia o público.
Este é o paradoxo que nosso tempo nos apresenta. O descaso pela “coisa pública” e a coisa pública tendo descaso pelo povo.
Mas ainda há esperança!!
Não temos todos (em todas as áreas de criação) esse mesmo poder quando realmente queremos?
Queremos realmente salvar a humanidade e nosso planeta?
Pudera os criadores aprofundarem-se na ética humanitária e possibilitarem tais esperanças ao mundo.
Com votos de felicidades, reflexão e saúde, desejo à você leitor um ótimo Fim de ano 2010!
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